A Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social-AEDAS cumpriu nessa semana, entre os dias 28 de janeiro e 01 de fevereiro, mais uma etapa do processo de implantação das Assessorias Técnicas na Bacia do Rio Doce.

Orientado pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos, responsável pelo edital de escolha, a AEDAS realizou encontros e reuniões com as Comissões de Atingidos e demais famílias atingidas interessadas no processo. Foram apresentadas as propostas de projeto para cada território, bem como recebidas as aprovações de cada comunidade. Os próximos passos serão a finalização do texto e planilhas financeiras, para passar à fase de negociação da contratação entre o Ministério Público Federal, a Vale, a Samarco e a BHP Billiton.

O primeiro território que a Associação visitou nessa semana foi o de Aimorés, na segunda, 28, às 18h, quando a AEDAS fez uma reunião com os atingidos e atingidas do município. No dia seguinte, 29, às 14h, foi realizada uma apresentação para atingidos moradores da comunidade de Represa, a maioria pescadores que vivem nas margens do rio Manhuaçu. Grande parte dos pescadores já cadastrados pela empresa e que reivindicam os direitos não reconhecidos.
A noite do mesmo dia, 29, a AEDAS esteve no distrito de Santo Antônio do Rio Doce, conhecido como Mauá de Minas, para apresentar a sua proposta à comunidade. Neste três encontros, as propostas foram aprovadas e as sugestões acolhidas.

Nos dias 30 e 31 de janeiro, a AEDAS dedicou sua presença ao território de Itueta e Resplendor, duas cidades que compõe o mesmo território. Na quanta se reuniu com a Comissão de Itueta e quinta de Resplendor. Nas duas reuniões a Associação apresentou o seu projeto de atuação para o território, que terá dois escritórios para cobrir ambas as cidades. Os dois municípios aprovaram o projeto da AEDAS, que agora segue para finalização e negociação para posterior contratação dos técnicos e equipes.

No último dia de trabalho em campo, sexta, 01 de fevereiro, a AEDAS realizou dois encontros no território de Conselheiro Pena. Um na parte da manhã, com a Comissão dos Atingidos e Atingidas da cidade, e a noite fez um encontro na comunidade da Barra do Cuietê, onde apresentou sua propostas. Em ambas as reuniões, a AEDAS fez a apresentação e os atingidos aprovaram a proposta básica de projeto.

A próxima fase consiste de a Associação recolher todas a sugestões, críticas e acréscimos, finalizar o texto final e a planilha financeira, e entregar para o Fundo Brasil de Direitos Humanos e o Ministério Público Federal, junto com as atas de aprovação, as listas de presença e outros registros. Assim então passar para a fase tão aguardada pelos atingidos, a contratação.
Cauê Melo, Diretor de Projetos da AEDAS, aponta que esse é mais uma passo importante para garantir a efetivação de um direito básico dos atingidos que já acontece nas cidades de Mariana, barra Longa, Santa Cruz do Escalvado e Rio Doce. “Nós vimos nas reuniões e encontros uma grande expectativa dos atingidos que esse projeto seja logo efetivado. A Renova e todas as estruturas criadas até agora para garantir a reparação integral dos atingidos não atende às expectativas das famílias, e elas aguardam com grande ansiedade o momento do início dos trabalhos. A parte da AEDAS foi apresentar nossa proposta, vamos agora enviar para o MPF , e aguardamos as próximas orientações”, afirma.